terça-feira, 29 de maio de 2012


Hoje escrevia-te um livro.
Hoje tocava.te e fugia contigo.
Talvez pela minha percepção
De que o hoje era o amanhã que temiamos
E que nos admitia a razão
ainda antes de chegar.
Todas as esquinas eram felicidade para nós
Não fosse outra praça, o nosso âmago.
Eu tinha em ti a necessidade
Que não reconhecia.
Não era, porém, a necessidade
De quem não respira.
Era um querer com os olhos,
Um suspirar com os poros,
Um sufocar de luz e escuridão ao mesmo tempo.
Havia ânsia que me movia...
A mesma que hoje
(aquele dia em que te escrevia um livro)
Te quer pintar uma das mais belas histórias.
Aquela que era nossa e vou escrever no livro
Na esperança que a tua memória
Não a apague, mesmo sendo essa
A revolução que devo à pessoa
Que sou e de quem fujo.

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