Quantos acasos tem o nosso caso!
Quantos tremores de te ter e não ter...
Ressonâncias de olhos húmidos.
Olhares que fogem mas querem ver
e temem as desoras até a uma próxima.
Teias de sociedade, viciedade.
Perturbações dos frios à flor da pele.
Transformam o querer em queria,
o desejo em desassossego inconfortável.
telepatia, traz-me por favor o consolo
de saber que o sono não me foi roubado só a mim,
que também algures um outro escuro,
um outro chão romõe um outro corpo,
uma outra alma.
Resta então a espera de outro acaso,
outro adiamento da nossa resolução,
outra dança, outro abraço,
outro "não vás",
a espera do retorno da minha pele
a este corpo que outrora abraçaste.