quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"Caso ao acaso"

Quantos acasos tem o nosso caso!
Quantos tremores de te ter e não ter...
Ressonâncias de olhos húmidos.
Olhares que fogem mas querem ver
e temem as desoras até a uma próxima.

Teias de sociedade, viciedade.
Perturbações dos frios à flor da pele.
Transformam o querer em queria,
o desejo em desassossego inconfortável.

telepatia, traz-me por favor o consolo
de saber que o sono não me foi roubado só a mim,
que também algures um outro escuro,
um outro chão romõe um outro corpo,
uma outra alma.

Resta então a espera de outro acaso,
outro adiamento da nossa resolução,
outra dança, outro abraço,
outro "não vás",
a espera do retorno da minha pele
a este corpo que outrora abraçaste.


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