quarta-feira, 15 de agosto de 2012


Quis ser poeta.
precipitei-me para o papel
E sentei-me diante dele.
De repente os meus lábios
Eram celas de prisão perpetua,
Os meus dedos a neve ao sol.
As palavras cresceram demais
Para a minha boca que se tornou infima.
E os meus olhos assistiam a tudo
Na inércia de quem nao pertence.
A inércia de quem esta longe.
E virgens ficaram as linhas
Do moderno papiro.
Amanhã volto a tentar.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Quis ser poeta.
precipitei-me para o papel
E sentei-me diante dele.
De repente os meus lábios
Eram celas de prisão perpetua,
Os meus dedos a neve ao sol.
As palavras cresceram demais
Para a minha boca que se tornou infima.
E os meus olhos assistiam a tudo
Na inércia de quem nao pertence.
A inércia de quem esta longe.
E virgens ficaram as linhas
Do moderno papiro.
Amanhã volto a tentar.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Foge em rios de tempo
A perdida dádica de outrora.
Água de pungente egoísmo,
Sedenta, ainda assim,
De um tempo que não é dela
Mas que lhe é feito merecido
Por desprezo de outrem.
Retorno é o engano
Que esta fraca carne pede às estrelas.
O engano que dá de si
E a entrega à realidade...
Real coisa que nao quer nem persegue,
Pois rios de eternidade nao obedecem
A tempo nem gravidade.

nulidade.

Quando era de nuvens que urgia falar,
Eras só tu quem eu via.
Eras tu o temas que nao me abandonava,
Ao contrario de ti.
Quando eram epopeias que urgiam levar a cabo.
Era tua toda a minha pele.
Era tua toda a minha carne...
Manchada de um encarnado dor.
Quando urgia fazer acontecer primavera nos corações,
Eram por ti que choviam lágrimas dos meus olhos,
Era em ti que se fazia um inverno cruel.
Sem lareira ou demais calor que me conforme,
Eram nulas as nuvens, as epopeias.
Era nula a primavera.