sexta-feira, 20 de julho de 2018

Tristeza Mar

Onde há mar, há lama.
Há uma tristeza bonita.

Há daquela tristeza que se quer.
Aquela tristeza orgulhosa.

A cor aqui é diferente,
Menos branca, mais tijolo.
O cheiro e o grito das gaivotas...
Podia fechar os olhos
E achar-me-ia em Portugal.

Não vi beata no chão,
Mas a pé, atravessam os vermelhos
como nós.

Crise não empata a esplanada
E deixai-os estar, tiveram um dia de sol.

Onde há mar, há tempo.
Há amores de pés na areia,
Há um sem fim que entristece.
Há um esperar por amanhã,
Que hoje já não vai dar.

Há música todas as noites,
Que o som alegra sem assustar a tristeza.
Ilha esmeralda, cor de tijolo torrado,
Terra de poetas como a minha,
Agora és minha sozinha.



Prazer em conhecer-te.