quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Crónicas de um final (2)

Levas esses teus olhos tristes,
Caminhas e quase vês o teu reflexo
Nas poças de água.

Levas essa falta de sorriso,
Como se a energia te tivesse caído do coração,
Te pesasse nos braços
E não bastasse para alçar os cantos da boca.

Levas as mãos caídas.
Essas mãos cansadas de mim.
Do meu peso e o meu não ser.

Não é culpa tua.
Fomos o falhanço conjunto
Dos equilibrados.

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