quarta-feira, 18 de março de 2015

As tuas mãos eram penas.
Como penas ofereceram-me
O imediato aconchego
Que segundos depois o medo
Te roubou a ti e a mim.

Um dia o vento chegou e inebriou-te.
Como vieste, foste...
Foste porque ficando não podias ser
E sendo não sabias ficar.

Mas eu gostava que fosse diferente.
Que as folhas não caíssem das árvores
E que cada estação não fosse um adeus.
Tu és um adeus duro.

Não há verdade sazonal
Em planícies eternas.

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