sábado, 22 de junho de 2013

Havia naquele quarto uma só cama.
Nela se encerravam segredos,
manchas de lágrimas e de suores alegres.

A perfeição tinha em si a eternidade.
Desejava-a só para si como se
de um baile de irrealidades se tratasse.
E era verdade!

Era um baile utópico,
mentira minha se não o tomasse
como parte do meu imaginário.
Aqueles dias de perfeição e eternidade...
As suas mãos dadas!

Era a beleza suprema do tempo parado,
o extase supremo da ausência do medo da perda.
É a perda a chave das tristezas.

É no perder de dias, de meses,
de anos, de individuos, de afeições
que reside o medo, o peso de existir!

Quando nada temos, nada podemos perder,
A leveza é o resultado fútil, mas tranquilo e suportável,
de uma existência sem perda.

Não sei sequer se te prefiro ou te desprezo,
Se me preenches ou atrofias.
Só sei que dói, que me entregas às lágrimas por hoje...

Até amanhã, menina saudade!

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