terça-feira, 12 de março de 2013

Des-insónia

Corpo sem sono,
dá os teus olhos à claridade!
Não finjas dormir
pois a veracidade da quietude tua e minha
é o segredo mais bem guardado
da noite dormente.
Cerramos os olhos sem sossego,
um braço de ferro com a gravidade.
Peso de um corpo que não descansa!
Duelo de peso e insónia!

Somos as criaturas mais despertas
deste escuro engano,
Não há nada a fazer.
Cruzar de olhos sem testemunhas.
Só a noite nos vê,
nos consome e eterniza.
Só a noite nos tranca às portas da loucura
que evitamos nas manhãs de cafeina e normalidade.

Boa noite.

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