era uma vez um menina.
tinha sonhos de longe e de muito.
tinha gentes no bolso
sorrisos na mochila...
um dia trouxe o longe para o hoje,
o muito para o ar que respirava,
não teve espaço para as pessoas
mas deixou com elas os sorrisos
para trazer a mochila vazia.
as pessoas gastaram os sorrisos,
não esperaram o seu regresso,
deixaram pela terra as memórias
e disseram o adeus ingrato de quem nem lembra.
a não lembrança fez-se pesada,
pesados rochedos arrastavam
a mochila da menina.
agora sem espaço para sorrisos
mas sequeosa de pessoas
que a quisessem ver voltar.
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distorções